A TRAMA DO OLHAR
Somos seres olhados no espetáculo do mundo, observa Merleau-Ponty. O olhar persecutório do paranóico nos ensina que somos olhados por todos os lados. Sem o olhar do outro, não existimos, mas a maneira como somos olhados define um destino. Para o paranóico, como já mencionamos, há um olhar persecutório; o voyeur interroga, pelo olhar, o que falta no Outro; o exibicionista espreita no olhar do Outro o sinal de cumplicidade de seu gozo; (...) a histérica demanda insistentemente ser olhada, mas para confirmar que nela não há falta; já o psicótico como vê com o olhar do Outro que o invade; a cena se passa fora dele.
Trecho retirado do texto de Edilene Freire de Queiroz, in: Latin-American Journal of Fundamental Psychopathology on Line, V, 1, 89-100
Foto compartilhada por Iza Junqueira Rezende
E os próprios olhos, de cada um de nós, padecem viciação de origem, defeitos com que cresceram e a que se afizeram, mais e mais. [...] Os olhos, por enquanto, são a porta do engano; duvide deles, dos seus, não de mim. (ROSA, 1977, p. 62).
ResponderExcluir"Padecem viciação de origem"... fantástico isso!
ResponderExcluiramei!!!!! está lindo seu blog !seguindo, beijinhos...
ResponderExcluirBeijos, minha querida amiga.
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